terça-feira, 5 de junho de 2012

Personalidades paranaenses na literatura

Texto publicado na Edição nº 2 (Junho de 2012), na seção "Artigos"



Apesar de possuir uma literatura muito criticada pela falta de identificação das obras produzidas com o território e a cultura paranaense, o Estado do Paraná é reconhecido por ter revelado grandes autores para o cenário da literatura nacional.
Em Curitiba, muitos nasceram e desenvolveram boa parte de suas obras. Entre esses, está o único representante do movimento   parnasianista   no   Estado,   o escritor Emilio de Menezes, com uma poesia voltada para a sátira, a ironia e com a temática da morte. No Simbolismo, a capital paranaense foi representada por Emiliano Perneta, o Príncipe dos Poetas Paranaenses, que escreve sobre o amor e incentiva o homem a ir em busca de seu destino. Dentre os diversos autores modernistas curitibanos estão Alice Ruiz, escritora e tradutora de haikais, poemas e de uma história para o público infantil; Andrade Muricy, com obras de ficção e ensaios; Dalton Trevisan, um dos autores paranaenses de maior renome nacional, conhecido como o “Vampiro de Curitiba”, devido suas histórias ligadas à cidade e aos temas realistas; Paulo Leminski, autor também de haikais e de uma poesia classificada como “poesia marginal”, além de ser conhecido por suas composições musicais gravadas por artistas como Caetano Veloso e Moraes Moreira; e, por fim, Tasso da Silveira, poeta modernista voltado à religiosidade.
O litoral do Paraná possui representantes dos municípios de Morretes e Paranaguá que enquadram-se também no Movimento Simbolista. Da primeira cidade saiu Silveira Neto, com temas relacionados à família, mas consideradas de aspecto pessimista. Já de Paranaguá, veio Nestor Vitor, com diversas poesias, contos e romances, e grande divulgador da literatura francesa. No município de Cruz Machado, região sudeste do Paraná, nasceu a mais importante poetisa do Estado, Helena Kolody, uma das primeiras autoras de haikais do Brasil, iniciando nessa arte na década de 1940. Entre seus principais temas está a exaltação à vida, natureza e a eterna inquietação humana. Integrando a nova geração de escritores paranaenses, Domingos Pellegrini, natural de Londrina, é jornalista e professor, com romances, contos e poesias reconhecidos pela temática social e ganhador de dois prêmios Jabuti, o mais importante concedido pela literatura brasileira.

Confira, abaixo, alguns dos mais importantes escritores paranaenses e suas principais obras:

Alice Ruiz: “Navalhanaliga” (1980), “Paixão Xama Paixão” (1983), “Hai-Tropikai” (1985), “Desorientais” (1996), “Yuuka” (2004) e “Boa Companhia” (2009).
 Dalton Trevisan: “Novelas Nada Exemplares” (1959), “O Vampiro de Curitiba” (1965), “A Guerra Conjugal” (1969), “A Faca no Coração” (1975), “A Polaquinha” (1985), “Em Busca de Curitiba Perdida” (1992), “Ah, É?” (1994), “Capitu Sou Eu” (2003), “Violetas e Pavões” (2009).
Domingos Pellegrini: “O Homem Vermelho” (1977), “Terra Vermelha” (1998), “Questão de Honra” (1999), “O Caso da Chácara Chão” (2000), “Bendito Assalto” (2009).
Helena Kolody: “Paisagem Interior” (1941), “A Sombra no Rio” (1951), “Antologia Poética” (1967), “Tempo” (1970), “Infinito Presente” (1980), “Poesia Mínima” (1986), “Caixinha de Música” (1996), “Sinfonia da Vida” (1997), “Memórias de Nhá Mariquinha” (2002).
Paulo Leminski: “Catatau” (1975), “Polonaises” (1980), “Caprichos & Relaxos” (1983), “Agora É que São Elas” (1984), “Guerra Dentro da Gente” (1988), “Metamorfose, Uma Viagem pelo Imaginário Grego” (1994), “O Ex-estranho” (1996), “Ensaios e Anseios Crípticos” (1997).
Tasso da Silveira: “Fio d'Água” (1918), “Alegorias do Homem Novo” (1926), “Contemplação do Eterno” (1952), “Regresso à Origem” (1960), “Puro Encanto” (1962).

Fonte:  Dia-a-dia Educação – Portal Educacional do Estado do Paraná (Adaptação)


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